terça-feira, setembro 28

Diário de Aventuras - Campanha: O Grimório e o Feitiçeiro

"E é com honra que trago a continuação desta saga. Saudo-vos guerreiros!" - Lord.Aaron


Capítulo 2: Suspeitas

  Resumo da Aventura:
 "Garion' Norium e Adwark Maril decidem passar alguns dias ainda no vilarejo de Grometrior onde podem terminar de planejar seus próximos passos. E Raiga segue por uns dias para ajudar um amigo que está não muito distante dali. Durante a estadia do feitiçeiro e o elfo, eles enfrentam vários perigos e travam uma drama com a presença de Ash, o paladino de Mirah."

 
  Personagens/Jogadores:

 Adwark Marill intepretrado por: Joaobalista. Adwark é um elfo espadachin de cabelos prateados e pele clara. Comumente visto trajando sua armadura de couro e carregando consigo sua espada longo e seu arco composto.
 Garion'Norium é interpretado por: Hayabusa. Garion é um elfo feitiçeiro da academia de Oaklore, que deicidiu viajar mundo afora para se aperfeiçoar. Possui tatuagens em seu peito, que na verdade são feitiços cravados.
 Raiga é interpretado por: Ricardo "Takeru". Raiga é um bestial de pelugem castanha e cabelos e barbas grisalhas.
" Raiga é um bestial de pelugem castanha e cabelos e barbas grisalhas. "
 Convidados/Novatos:
  Ash é interpretado por Maapc4. Ash é um humano paladino magro e de olhos verdes. Costuma ser visto trajando sua armadura e carregando o seu escudo e espada longa.


 Pergaminho:

  Passados alguns dias foi dada até mesmo uma festa para os heróis que vençeram Ghrometryor. Reçeberam uma quantia de 100 moedas cada um como recompensa e ainda ficaram cravados como heróis do vilarejo no livro do chefe. Depois disso Raiga decidiu abandonar o grupo por alguns dias, havia responsabilidades que o chamava, e que assim ele não podia atrapalhar a comitiva.
  Então estavam Garion e Adwark reunidos com o chefe do vilarejo no quintal de sua casa para decidirem o que deviam fazer agora.

  <Chefe> -- Então o que estão planejando por hora?
  <Adwark>> -- Hm, não sei se tenho algum compromisso imediato, talvez a cidade tenha algum outro problema?
  <Garion> -- Eu particularmente não tenho nada em mente! mais pensando bem... "Bem que eu poderia iniciar um ritual, para diminuir a pouca dificuldade que tenho em canalizar certas magias"-Garion não diz nada apenas pensa e passa a mão sobre a cabeça.
  <Chefe> -- Certo, mas me digam o que fizeram com o grimório? Deixaram-no na torre?
  <Garion> -- Bem o Grimorio está comigo
  <Chefe> -- Está com você?
  <Garion> -- Sim junto com o tomo do dragão
  O homen se assustou um pouco com a situação.
  <Chefe> -- Santa trindade...
  <Garion> -- Ei o que foi? - O feiticeiro começa a rir - Não tem nada santo nessas terras!
  <Chefe> -- E você não teme ter um dragão e um livro tão poderoso em mãos? E se outros o desejarem?
  <Garion> -- A única pessoa que sabe que tenho esse grimorio é você. Então fique de bico calado para evitar tais problemas.
  <Adwark>> -- E eu também – disse num sussurro e um sorriso simples.
  O homem bigodudinho engole seco.
  <Chefe> -- Está certo.
  <Garion> -- Você é de minha confiança.
  <Chefe> -- Mas o que pretende fazer com ele?
  <Garion> -- Isso não cabe ao seu interesse! Desculpe estar falando assim, mais isso evitara problemas futuros.
  <Chefe> -- Como diz então. Mas achei que devolveria ele pro seu dono.
  <Garion> -- O dono provavelmente esteja morto. Esse grimorio apresenta ter decadas
  <Chefe> -- Mas e se ele ainda estiver vivo? E se ele vier atrás do livro ?
  <Adwark>> -- Você tem alguma pista disso? – dizia intrigado.
  <Garion> -- Mesmo estando intacto pelo fato de ter sido conservado com magia, as folhas são feita de uma especie de planta vegetal que hoje em dia é muito difícil de se encontrar
  O homen se cala intrigado.
  <Garion> -- Se ele estiver vivo provavelmente ele deixou isso de presente para um outro feiticeiro. Você acha que um feiticeiro deixaria seu grimorio em uma torre!? É certo que ele deveria ter um motivo em especial.
  -- Entendo... - Dizia o homem. - Mas então ... O que vão fazer agora? Se quiserem estadia ou qualquer coisa, será por nossa conta. Se não fosse por vocês... Não sei o que seria das nossas terras.
  <Garion> -- Bem adoraria poder passar o dia hoje aqui na cidade. Preciso estudar algumas coisas. Especialmente em um local que não tenha barulho.
  <Adwark>> -- Eu também gostaria de ficar aqui, até decidir um próximo rumo.
  <Chefe> -- Certo... Se quiserem podem passar a noite em minha casa. Sei que não é tão grande para heróis como vocês... Mas é bem quieta. O vilarejo é a meia hora daqui, então não serâo incomodados.
  <Garion> -- Então vamos!
  <Adwark>> -- Sim



  Já tinha dado o crepúsculo do dia, quando estavam descansando na casa. O homem estava preocupado com suas obrigações enquanto Garion estudava o grimório em seu quarto e Adwark arrumava suas coisas. O lugar era bastante calmo e aconchegante, e o quintal vasto de onde dava para se ver o vilarejo ao Norte a abaixo da colina.
  Meia hora após o chefe ter ido ao vilarejo ir resolver coisas de rotina, Adwark com sua alta percepção ouviu algo pisar no telhado simples acima. Então ele vai até a janela, e olha pra cima, mas se posicionando seu braço para se defender de qualquer coisa que vinha. Então o elfo espadachim vê três pequenos vultos andando pelo telhado. Eram velozes e iam em direção a saída da lareira. O elfo entra pra dentro da sala, corre até a sala da lareira e saca sua espada.
  Garion concentrado em seus planos para seu ritual apenas ouvia o barulho do desembainhar de uma espada no andar abaixo, mas que mal merecia atenção e seu foco.
  Adwark então ouve uns grunhidos descendo do telhado. Pareciam rosnados de cachorros. E num instante caiu uma enorme fumaça da foligem da humilde chaminé, e nela havia três gnolls a menos de um metro de distância dele. Essas feras chamadas Gnolls são seres humanóides com feições de hiena, com uma espessa pelugem verde-musgo e usavam vestes rústicas e batidas. Assustados com a figura do elfo armado ficaram desorientados. Então Adwarkl segura firme sua espada, gira ela no ar e num corte vertical ataca o gnoll mais próximo. Mas o corte da espada é defletido pelas garras do gnoll. Olhando mais perto, esses gnolls pareciam manchados de sangue, o pelo em volta de suas bocas e garras eram vermelhos parecendo que haviam se embebido de sangue. Então o gnoll que refletiu o ataque salta sobre Adwark com suas garras. Rancando uma ferida em seu peito.
  <Gnoll> --- Gnarrarrrgh!!
  <Adwark>> -- Ah, maldito!
  Os outros dois saltam sobre Adwark também. E começaram a golpea-lo com suas garras e mordidas, fazendo-o cair com as feras sobre ele.
 Nesse instante alguém abre à porta da sala de supetão. Era Raiga, o bestial, que pareçe ter vindo de sua missão e um outro homem magro e de olhos verdes, que usava uma enorme armadura de batalha, e empunhava uma enorme espada e um escudo. Era Ash, um paladino. Os dois então se assustam com a situação.
  <Raiga> -- Mas o que está havendo aqui?
  <Adwark>> -- Ainda bem que você chegou, me dê uma ajudinha aqui! – Dizia esquivando sua cabeça de uma mordida.
  Então Adwark Marill num jogo rápido, rola de um ataque, se esconde atras dos dois amigos e saca o seu arco que estava nas costas. Num lance rápido atira uma flechada no gnoll que estava mais próximo. Mas sua flecha passa rapidamente ao lado do alvo e acaba acertando a mobília perto. Os Gnolls vendo a presença dos outros dois guerreiros recuam um pouco temerosos.
 Então Ash salta sobre um gnoll num golpe famoso seu chamado Justiça Final. Mas seu ataque acerta ao lado do Gnoll o arremessando contra a parede. Raiga num reflexo golpeia outro gnoll ao lado com suas imensas garras. Aquilo destroça o gnoll que é arremessado contra a parede com seus peitos ensaguentados.
  <Raiga> -- Grarrrrgh! – rosnava.
  Os outros dois Gnolls temerosos dão meia volta e correm aos tropeços e solavancos escada acima tentando chegar ao segundo andar.
  Adwark Marill subitamente vai até a frente da escada e mira no gnoll mais perto e atira uma outra flecha contra ele. Mas ela ricocheteia na parede e acerta em cheio um jarro no segundo andar. Mas então veio Ash subindo as escadas e num movimento de sua espada acerta um gnoll. Seu golpe penetra nas costas do infeliz amuado pela flecha que acabara de zunir ao seu ouvido.
   E Raiga pega o Gnoll que estava a sua frente e num golpe arremessa-o pela janela que sai capotando pelo quintal. Então os outros dois Gnolls que estavam agora no corredor do segundo andar frente a Ash, saltam com suas garras ensangüentadas sobre o peito dele.  Um deles cai sobre o escudo de Ash.Enquanto o outro acerta seu peito. Eles cambaleiam um pouco para trás ainda.
  <Raiga> -- Grrarrgh!
  <Raiga> -- Estão todos bem aí em cima? - gritava terminando de lançar o Gnoll pela janela.
  Adwark Marill tateia nos seus bolsos pelo seu kit de primeiros socorros. Descendo um pouco a escada acha-o em seu bolso.
  Ash então empurra os gnolls com o escudo e os ataca com sua longa espada. Seu golpe lançou gotas de sangue do Gnoll que o tinha acertado antes. Os dois então dão uns passos para trás.
  <Ash> -- Me ajude! – dizia.
  Então Raiga aparece num salto ao lado de Ash, atravessando Adwark com seu kit, atingindo os Gnolls com suas garras. Numa bifa lança o Gnoll ferido longe contra parede. Enquanto o outro num escorrego esquiva-se do golpe de Raiga. Este por sua vez que já quase trêmula. De repente ele cai no chão de joelhos.
  <Gnoll> -- Clemência!! Piedade de nóis... – choramingava o ser ajoelhado.
  <Ash> -- Não o ouça, mate-o agora!
  <Raiga> -- Grarrrgh!
  Então o elfo todo sujo de sangue, deixando sua caixa de primeiros socorros e seu arco ao chão,ultrapassa-os no corredor e saltando ao lado deles desfere um golpe com toda sua força no gnoll que num grito de dor e ódio se enfureci.
  <Gnoll> -- Insetos!! Monstros!! Morrer vocês vão agora! – que num salto tenta golpear arqueiro.
  E rapidamente Ash deflete a ofensiva com seu escudo, recebendo a pancada com muita força sobre seu braço. As garras do ser verde percorrem o escudo e encontram o ombro do paladino, que podia sentir o sangue escorrendo em sua malha de aço.
  Mas num instante o grisalho bestial golpeia a criatura. E num segundo lance de seus braços só se vê o Gnoll sendo arremessado contra a parede. E num tropeço o ser verde e ensaguentado estraçalha a janela e despenca casa abaixo.
  <Raiga> -- O que você fez elfo? Agora eles vão querer vingança! Mate-o antes que escape com reforços! - dizia indo junto do elfo arqueiro atrás do gnoll.
  <Ash> -- Deixe o ir, ele não resistirá por muito tempo com aqueles ferimentos. Não irá além daquelas árvores.
  <Raiga> -- Vocês não entendem? Ele vai querer vingança! O que você fez elfo!?
  Dizia o bestial que corria como o vento para o elfo e o homem que observavam da soleira da porta.


  Meia hora depois Raiga, bufando e cansado chegou novamente no quintal, onde os outros davam um jeito nos corpos.
  <Raiga> -- Eu o perdi de vista... Mas que diabos aconteceu aqui?
  <Ash> -- Vamos, estou com fome. – dizia sínico. Seu olhar estava distante, e suas mãos cansadas de enterrar os restos das feras.
  <Raiga> --...Grrrr. Estejamos preparados caso eles retornem. – dizia quase que para si mesmo.
  <Ash> -- Claro, mas vamos logo.
  <Adwark>> -- Calma, tenho que fazer alguns curativos. – falava enquanto passava algumas bandagens e ervas élficas sobre o peito.
  <Raiga> --Então... Para onde agora?
  <Ash> -- Para algum bar...
  Então flashes de luz piscavam do quarto do segundo andar onde estava Garion.
  <Raiga> --Hum?
  E então uma explosão, um estrondo, que lançou a janela de madeira longe. Fumaça e destroços da parede voavam para fora.
  <Raiga> --Vamos!
  <Ash> -- Corram.
  <Adwark>> -- Será que ele fez algo com o livro?
  Chegando ao corredor todos ensangüentados pela batalha o grupo encontra na porta do quarto Garion, o feiticeiro. Uma imensa fumaça saia do quarto. Ele tossia e se segurava na parede. Estava cheio de tatuagens no corpo e seus olhos brilhavam intensamente.
  <Garion> -- O que aconteceu aqui? - interrogava vendo todos e inclusive o corredor sujos de sangue.
  <Raiga> --Droga, que merda aconteceu aqui?
  <Ash> -- Não sai, mas vamos descobrir – já dizia fora de si da batalha.
  Raiga, então no susto passa pelo feiticeiro olhando para o estrago do quarto. Todas as mobílias do quarto estavam arredadas e no seu centro havia um enorme círculo com o grimório e um símbolo divino no chão.
  <Garion> -- Nada, apenas estava estudando o grimório.. Hey.. Não entrem assim...
  <Adwark>> --  O que você fez Garion?
  <Raiga> --Não... algo aconteceu. Você trouxe algo maldito?
  <Garion> -- O quê? Não fale besteiras! Claro que aconteceu... Estava estudando o grimório...
  <Adwark>> -- Então por que você está desse jeito?
  <Garion> -- Eu que pergunto por que estão cheios de sangues e quem é esse senhor? - Dizia por Ash. - Era apenas um ritual qualquer... Para aperfeiçoar minhas magias... – Dizia meio desnorteado. - Mas Adwark quem é este? E por que Raiga voltou tão cedo...?
  <Ash> -- Analizem bem ele, parece estar possuído por alguma coisa maligna.
  <Raiga> --Parece que o destino me trouxe ao lugar certo na hora certa.
  <Adwark>> -- Garion, tem certeza que esse ritual não vai fazer algo ruim acontecer?
  <Garion> -- Mas que besteira... Que blasfêmia.
  "Talvez o grimório não estivesse lá para ser protegido dos outros, e sim proteger os outros..." – Pensava Adwark.
  <Garion> -- Tenho certeza Adwark... - Retire o que disse insolente... - Dizia para Ash.
  <Ash> -- Nunca, você parece estar alterado psicologicamente.
  <Garion> -- Estava aperfeiçoando o meu feitiço de sono... Que por algum motivo saltou do grimório para minha pele... – Dizia meio sonolento - E por que estão todos sujos de sangue?
  <Adwark>> -- Houve uma batalha com gnolls.
  <Ash> -- Alguns gnolls…
  <Garion> -- Gnolls? Mas eu não ouvi nada...
  <Adwark>> -- Será que não estava com "sono"?
  <Raiga> --Mais suspeito ainda.
  <Garion> -- Parem com isso... - Os símbolos agora de Garion parecia pararem de brilhar. - Mas me expliquem tudo? E os Gnolls onde estão?
  <Adwark>> -- Mortos, mas um fugiu.
  <Raiga> --Um deles fugiu... E se eles estavam aqui, e nada ouviu...
  <Ash> -- Ele está possuído, mas está fingindo estar normal. – dizia para os outros.
  <Raiga> --A presença deles aqui e essa explosão podem ter a ver uma com a outra. Infelizmente a magia não está entre meus talentos, pelo contrário – dizia quase concordando com o paladino.
  <Garion> -- E quem é você para dizer essas besteiras? - dizia para Ash. - Deve ter a ver sim... Deviam querer o grimório...
  <Ash> -- Sou um paladino e se quiser posso te matar – disse num delírio.
  <Raiga> --Ouvi dizer em algum lugar que os Gnolls têm tradição como... Cultistas.
  O feitiçeiro arregalou os olhos pela posição tomada pelo bestial e o paladino que o encurralavam dentro do quarto.
  <Ash> -- Continue com esse comportamento alterado que te mato – dizia apontando o dedo e com os olhos desnorteados.
  <Garion> -- Tente “paladino”... E verá do que sou feito... Você não deve ser paladino... Como assim me matar...? - Que então olha para Adwark e Raiga com um olhar de preocupação e repreensão.
  Então Ash, o sensato paladino anda na direção de Garion tentando encurrala-o contra parede.           
  <Raiga> --Por que diabos alguém não faz uma magia neste homem?
  <Ash> -- Estás preparado para morrer?
  Garion não se move e olha fixadamente nos olhos de Ash.
  <Raiga> --Descobriremos de uma vez se há ou não mal nele! Ash, não hajamos sem pensar.
  <Garion> -- Você que estás possuído homem, saia de minha frente ou não verás o sol amanhecer... - Como atreves a invadir ao meu quarto de estudo e me ameçar?
  Nisso o bestial começa a ficar cada vez mais apreensivo. O paladino então começa a olhar no fundo dos olhos de Garion’ Norium o feiticeiro, podendo ver sua aura interior. Mas então Ash sente apenas uma aura mágica colossal, mas não maligna.
  <Ash> -- Ele está normal.
  <Adwark>> -- Ufa – sussurrava o elfo.
 
  <Ash> -- Garion... Você deu muita sorte.
  "Ainda assim..." – Pensava Raiga.
  <Garion> --- Eu dei sorte? – já dizia se segurando se mostrando altamente ofendido - Seus chefes saberão muito bem como tratam um feiticeiro da academia arcana! Agora saia daqui! – berrava apontando para a porta.
  <Ash> -- Ainda não. Temos muito para averiguar e descobrir o que aconteceu aqui.
  <Garion> --- Saia!
  <Adwark>> -- O que está havendo Garion? O que você esconde? – Disse o elfo que foi imediatamente repreendido com o olhar de severidade.
  <Raiga> --Vamos, ash... – quase empurrando o paladino para fora. - Não teremos nenhuma resposta aqui agora.


  Após alguns instantes com o grupo tentando arrumar a bagunça na sala abaixo deixada pelos Gnolls, Garion desce com suas túnicas habituais novamente. Ele parecia mais calmo mas mesmo assim impaciente com Ash que o tinha insultado. Nesse instante o líder do vilarejo também chega cansado à porta. Que logo questiona a Raiga que estava sentado numa poltrona que estava inteira ainda.
  <Chefe> -- O que houve aqui Santíssima Trindade...?
  <Garion> -- O que você tinha medo... Parece que Gnolls vieram atrás do grimório e ouve uma peleja. Minhas desculpas pelos estragos... – dizia com a cabeça abaixada com tristeza e Raiga de orelhas atentas. O chefe estava boquiaberto.
  <Garion> -- Acho melhor partirmos mesmo senhor... Vamos partir ao nascer do sol, o mais breve possível. O que acham? - questionava ao resto do grupo.
  <Adwark>> -- Eu acho que é uma boa idéia – dizia meio condolente.
  <Raiga> --Eu não sei Garion, ainda estou um pouco confuso com tudo que aconteceu...
  <Ash> -- Eu... Tenho que ficar. Preciso investigar umas coisas.
  <Chefe> -- E quem é o senhor, ô paladino? – Dizia quase numa saudação ao homem que usava o símbolo de Mirah.
  <Ash> -- Ash, da cidade das montanhas... Agora vocês tem de ir!
  O homem franzino e bigodudinho que era o Chefe segurava o coração um pouco no meio daquela situação estranha.
  <Chefe> -- Ma... Ma... Mas e o que o trouxe a minha casa? O senhor é da comitiva dos heróis também?
  <Ash> -- Sou, na verdade , um caçador de recompensas!
  O homem fazia apenas feições de incompreensão. E depois levou-os para continuar a prosa na copa onde pudessem comer algo – um simples jantar - e se limpar também.


  Já era noite e Garion estava reunido com Raiga e Adwark num quarto que ainda estava intacto da peleja. Enquanto isso o chefe conversava com Ash no jantar do qual os outros já tinham terminado. O resto da família limpava correndo as sujeiras feitas.
  <Raiga> --Hum...
  O feiticeiro estava tenso e andava de uma lado para o outro do quarto.
  <Raiga> --O que tem, homem?
  <Garion> -- Raiga, meu amigo, não sei se entendes, mas temo coisas piores que o dragão que enfrentamos...
  <Raiga> --E por quê?
  <Garion> -- Aquele grimório é muito poderoso... Eu poderia passar minha vida inteira a estudá-lo e ainda teria mistérios a descobrir. E temo que seja um grande alvo para nós. E sem contar de Ghrometryor. Ele me atentou durante todo o ritual. Parece que ele está aprisionado mas não morto... E não sei qual deve ser o nosso destino agora.
  <Adwark>> -- Talvez você devesse detruir esse livro... Antes que isso aconteça com a gente.
  <Raiga> --Honestamente... Receio que este livro seja uma isca. E que você caiu nela
 
  <Garion> -- Por que dizes isto amigo? Só porque vi um homem a entrar no meu círculo de magia a me insultar? Besteira...
  <Raiga> --Hmmm…
  <Garion> -- Mas Adwark... Destrui-lo? Tens certeza? Com ele seremos indestrutíveis...
  <Adwark>> -- Poder não é tudo, e sem ele não vamos precisar tanto sermos indestrutíveis.
  Garion para e reflete bastante.
  <Garion> -- Isso que me duvidas...
  <Raiga> --Verdade.
  <Garion> -- Vocês entenderiam se me desse dias para pensar?
  Após uma pausa e troca de olhares o bestial senta numa espécie de cama.
  <Raiga> --Mas, penso que não devemos destruí-lo.
  <Adwark>> -- Por quê?
  <Raiga> --Ele pode ser a fonte de respostas, no devido tempo. E de soluções também. Devemos sim, ter mais cautela
  <Garion> -- Está certo... E o que faremos com aquele paladino lá embaixo? Raiga... Diga-me como conheceu ele?
  <Raiga> --Estes últimos dias têm sido confusos e incertos desde nossa visita á torre.
  <Garion> --Estás certo... Mas... Não... entendi direito... Mas e agora? Ele também pode estar atrás do grimório não? Senão porque viria com você da sua viagem?
  <Raiga> --Não creio que esteja, mas decerto é um camarada meio diferente.
  <Garion> -- Estás certo... Mas e agora para onde devemos ir? Tens alguma idéia, amigo Adwark? Se não tiverem alguma sugestão proponho irmos a um lugar. Lá poderemos descansar e estaremos de certa maneira seguros.
  <Adwark>> -- E qual seria ele?
  <Garion> -- Farlake... Uma cidade a oeste daqui. Lá é uma região de extrema paz e ninguém se atreveria a contradizer isso...
  <Raiga> --Hum...
  <Adwark>> -- Parece bom, já ouvi falar...
  <Garion> -- Ainda tenho um amigo que pode nos manter por um tempo enquanto não tomamos o passo seguinte... Está certo então? Iremos?
  <Raiga> --Parece uma ideia interessante.
  <Adwark>> -- Concord
  <Raiga> --E quanto ao camarada lá embaixo?
  <Garion> --O deixaremos ao amanhecer... Mas amigos... Farlake é a vários dias de viagem. Teremos que parar em vários lugares antes de chegarmos. Vejamos - tirava um mapa de Tebryn que havia ganho como presente do vilarejo.
  <Adwark>> -- Pra mim não há problema, costumo viver viajando por aí – dizia meio que lembrando de antigas aventuras e com uma leve felicidade por dentro -, só temos que nos cuidar com as criaturas de quem deve estar querendo o grimório... Isso pode ser um problema... Falando nisso, preciso de uns curativos!
  <Raiga> --Não acho que os que encontraremos saibam o que temos conosco. Eles serão um inconveniente freqüentemente perigoso, mas não por causa do girmório.
  <Garion> -- Está certo então... Mas temo mesmo assim... Aqueles Gnolls... Como sabiam do grimório? – ele então pausa e olha incerto para o horizonte além da janela do quarto e então volta seu foco ao mapa aberto. - Mas vejamos... A pouco daqui está Hamlet... Se formos para sudoeste chegaremos a Smithgard e seguindo depois a Ulrich e então bem a Oeste estará Farlake... O que acham do trajeto? Saindo daqui do vilarejo, não estaremos muito ao sul de Hamlet, já que as Montanhas estão longe também... Então deveremos gastar um pouco mais de uma semana a cavalo. E me desculpe Adwark passando pelas Floresta dos Antigos demorariamos o triplo. – já dizia imaginando o pensamento do amigo élfico.
  <Adwark>> -- Não há problema, desde que cheguemos sãos e salvos...
  <Garion> -- Certo, preparem as suas coisas que devemos partir antes daquele homen acorde...
  E assim os heróis foram se preparar para a jornada que os aguardava. Garion arrumava seus estragos e fazia os restos dos planos, enquanto o resto terminavam de se preparar para a noite que os esperava...


" Olhando mais perto, esses gnolls pareciam manchados de sangue, o pelo em volta de suas bocas e garras eram vermelhos parecendo que haviam se embebido de sangue. "

Outros Dados da Aventura:
  • Ambientização:Mundo de Drakon; Reino de Tebryn; Vilarejo de Grometrior.
  • Material Utilizado:Sistema Mighty Blade e revistas Dragon Cave.
  • Tempo de Jogo: Aproximadamente 4 horas.